02/04/2024

A República de Platão para além da utopia

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Todo estudante da História das Ideias Ocidentais já se deparou com a célebre e impressionante afirmação do filósofo e matemático Alfred North Whitehead de que “a mais segura caracterização da tradição filosófica ocidental é que ela consiste numa série de notas de rodapé de Platão”. Dentre os diálogos de Platão achamos razoável definir A República o diálogo paidêutico por excelência. Platão ali, ao instituir um confronto com a cultura tradicional, constrói uma crítica à poesia que se desdobra sobre duas perspectivas: Repropomos estruturar nesse curso da seguinte maneira: (i) Crítica moral; refere-se a questões imanentes de caráter ético. (ii) Crítica ontológica; refere-se a questões transcendentes de caráter epistemológicos. Achamos por bem definir a Primeira crítica (livros II e III) d’A República como moral devido a dois pontos, quais sejam: Os mitos influenciam o comportamento dos Guardiões com relação à morte em uma situação de guerra, portanto, é necessário promover uma mitologia que tire o peso dramático da morte e que, deste modo, incite comportamentos viris e corajosos; As indecentes condutas atribuídas aos deuses pelos poetas acabam por legitimar para o cidadão a prática de comportamentos imorais; Por sua vez, achamos por bem aproximar a Segunda crítica a um âmbito especulativo de caráter ontológico devido essencialmente a dois pontos: Platão, inicialmente, trata o caráter imitativo da arte abordando a questão do Demiurgo como sendo o único e autêntico artífice de uma obra, enquanto, por exemplo, os pintores e poetas compõem cópias de cópias do verdadeiro Ser; Homero e seus seguidores não entendem a verdade, são fomentadores de aparência, comerciantes de simulacros da realidade. Estudaremos os 10 livros dessa obra que é, sem sombra de dúvidas, um monumento do pensamento filosófico ocidental.

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