07/03/2023

Manuscritos da Batalha de Mbororé (1641). Padre Cláudio Ruyer

VaticanNews Português - Rádio do Vaticano

Capa do livro de autoria de Juliano Ozga, que faz resgate histórico de batalha que delimitou fronteiras no sul do Brasil

Livro traz Manuscritos do Pe. Cláudio Ruyer SJ sobre Batalha do M'Bororé (1641)

“Não há paz sem justiça e não há justiça sem perdão” (João Paulo II). "E quem ganhou a batalha e quem ganhou a Guerra Guaranítica? Ninguém? Não há vencedores em batalhas ou guerras, ou seja, o povo nunca ganha com batalhas ou guerras. Então é esse o registro. Talvez a importância do livro", escreve seu autor, o gaúcho Juliano Ozga

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

Uma ponta de lança de 15 cm, descoberta ao acaso durante as férias, foi a mola propulsora do interesse de Juliano Gustavo dos Santos Ozga pelo tema das Missões Jesuítico-Guaranis. Seu local de nascimento também corrobora para tal. De fato São Luiz Gonzaga, a cidade onde nasceu em 1987, fazia parte da República Guarani e está a apenas 56 km da redução melhor preservada do lado brasileiro, a de São Miguel Arcanjo.

A formação em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria e o mestrado em Estética e Filosofia da Arte na Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais, abriram o caminho para a pesquisa e aprofundamento do tema. O resultado, é a publicação do livro "Manuscritos da Batalha de Mbororé (1641). Padre Cláudio Ruyer" pela editora AERE RET (“Aere= honra e RET= direito”), da qual Juliano é editor e escritor. Ele também é membro correspondente do Instituto Histórico Geográfico de São Luiz Gonzaga, além de mestre de campo no Priorado dos Inconfidentes de Minas Gerais.

A intenção da obra - segundo explicou o sãoluizense ao Vatican News, falando de Ouro Preto - foi proporcionar o documento do sacerdote jesuíta em forma de livro, "tirar do manuscrito da transliteração espanhol e transliterar para o português de uma forma que pessoas que se interessam vão pegar essas cento e trinta e seis páginas e vão poder produzir mais estudos, outros se aprofundar no tema. Então essa que seria a proposta."

Na entrevista, Juliano mergulha no contexto desse importante período histórico, destacando particularidades não só da Batalha de Mbororé, mas também dos desdobramentos que a ela se seguiram. E acena para a questão da relação entre guaranis e jesuítas, reiterando que "o índio tem sua percepção, tem sua inteligência, o índio não foi manipulado, o índio não foi subjugado, o índio tem alma, tem inteligência superiores, são pessoas que possuem tradições que estão no Brasil". Ele recorda que somente a tradição Umbu (da ponta de lança descoberta ao acaso) esteve presente de dez a doze mil anos na região onde atualmente é o Rio Grande do Sul, ou seja, "com outras derivações, com outras ramificações étnicas, linguísticas e antropológicas, é um povo que merece respeito, sempre."

Ademais, destaca o elevado nível civilizatório no período dos Sete Povos das Missões, com "um alto nível de desenvolvimento humano, de conhecimento", de "coisas importantes na época, desde observatório astronômico, fundição, que na época já era avançada, trabalho com cristal/vidro", ou seja, todo um legado na "arquitetura, agricultura, política social, música, na escultura, policromia em madeira (...), fabricação de instrumentos musicais, orquestras".

 

Aguardando a visita do Papa Francisco em 2026...

Queria agradecer ao Vatican News, os votos salutares e espirituais para todos vocês e seu trabalho, também parabenizar a instituição do GPM Grande Projeto Missões na pessoa do senhor Álvaro Theisen que faz um excelente trabalho de resgate desta tradição das Missões Jesuítas/Guaranis que está atuante e ativo e muita coisa interessante vai aparecer e através também do senhor Álvaro tive o incentivo e a confiança de começar a fazer esses trabalhos e agradecer também ao Instituto Histórico Geográfico de São Luiz Gonzaga que é um é uma manancial, é um repositório histórico na região de São Luiz Gonzaga e  deixar aqui também o convite e a gente da região do Rio Grande do Sul, das Missões, se Deus quiser em 2026 receber a visita do Papa Francisco na região das Missões nessa comemoração dos 400 Anos dos Jesuítas no Rio Grande do Sul e agradecer a oportunidade por divulgar o livro.

O livro estará disponível para aquisição na semana de março que é a data que se faz do 11-18 de março de 1641 que ocorreu a batalha fazendo 382 anos em 2023. 

Agradeço mais uma vez, eu falo de Ouro Preto, Minas Gerais, distrito de Cachoeira do Campo, Juliano Ozga/Editora AERE RET e agradeço a oportunidade. “Ad Majorem DEI Gloriam”.

JULIANO OZGA (Autor / Editor)

"Pela nossa LIBERDADE e pela sua."

"Za wolno?? nasz? i wasz?" (Lema Polonês 1831)

Link: https://www.vaticannews.va/pt/mundo/news/2023-03/manuscritos-batalha-mborore-follow-juliano-gustavo-ozga.html